De Onde Veio o Povo Guarani?
28/09/2022
Entender a história e a cultura no processo que leva a compreensão do conjunto dos fatos que constroem as Missões dos Jesuítas e Guaranis é entender a importância da visita no turismo e na cultura Missioneira.
Carl Zimmer (p. 470) demonstra um levantamento genético em 53 seres humanos diferentes e que o Povo Guarani é irmão genético dos dois tipos de japoneses e dos Inuítes Siberianos e muito próximos dos Chineses e Indianos Asiáticos. Estas informações são muito relevantes para repensarmos, agora do ponto de vista genético, sobre o passado deste povo que chegou à América e que está bem vivo nas Aldeias e no povo básico que formou o mundo gaúcho.
De origem mongol, pela obviedade dos traços e de sua biotipologia. Foi muito estudado pelos antropólogos de vários locais do mundo. Lugon (p.24) citando Dr. Rengger, diz que “os traços fisionômicos são os da raça mongol... As mulheres têm os cabelos longos e lisos. Nos dois sexos, os cabelos só se tornam grisalhos numa idade muito avançada”.
As duas teorias mais aceitas do aparecimento dos Guarani na América são a da passagem pelo Estreito de Bering e a vinda pela Polinésia até a chegada no nosso território, todavia não há datações sobre os guaranis na América do Norte e nem na América Central. O certo é que há cerca de 8.000 anos estavam junto ao rio Madeira, em plena floresta amazônica, e depois foram se deslocando ao leste e ao sul, ocupando boa parte do território do Brasil, Paraguai e norte da Argentina. Em relação a este tema, Palacios e Zoffoli (p.71) comentam que “O índio guarani parece ter ascendência do tronco asiático, mongólico, com possíveis componentes polinésios”.
Das descobertas particulares e que mais impressionam são as relacionadas com os guaranis e os japoneses. O bambu é um ou o elemento mais importante em ambas às culturas. Usado como material construtivo e de artesanato, tem o nome muito parecido em ambos os povos: no japonês, chama-se take e no guarani, taqua. As palavras taquara, taquapi, taquaruçu e tantas outras se referem ao tipo de bambu grosso, fino, felpudo. Entre tantas questões que levam a crer que entre 15.000 e 20.000 anos os guaranis e os japoneses estiveram juntos, muito próximos, ou mesmo formando um só grupo, é a questão das letras que formam suas línguas: em ambos os casos não há a letra “L”, corriqueira nas outras nações. Poderia se escrever mais sobre a cor, as medidas, os cabelos, os olhos, a forma muito diferente de se postar. Não custa nada lembrar que a religiosidade, fundamental na formação do atual modo de ser dos japoneses, ocorreu somente há cerca de 5.000 anos. Veja que estes dados culturais casam com os da genética.
Também me impressionam muito certas informações, as quais devem ser buscadas em maior número. Um desses exemplos é que, ao passar pelas Ilhas da Polinésia, trazem nomes como a mandió (mandioca), chamada de manió pelos nativos de lá, muito parecidos com os guaranis daqui.
Continuo convencido de que o aparecimento do guarani na América é que saindo da Mongólia, o povo passou pelas ilhas do Japão, depois pelo conjunto das ilhas da Polinésia, mais tarde navegou pelas correntes quentes do Pacífico, e chegou até a América, na altura do Peru, subiu os Andes e desceu pelas nascentes do rio Madeira, margens essas onde se encontram datações arqueológicas de sua presença há 8.000 anos.
Na época pré-colombiana e pré-cabralina, os protoMby’á e os protoCarios foram dois grupos humanos que se derivaram das grandes migrações iniciadas nos rios amazônicos e que, ao unirem-se, formaram o complexo étnico denominado “tupi-guarani”. O rio Araguaia foi possivelmente o mais utilizado para a saída da região amazônica. O ramo guarani chegou até o começo do rio Paraguai e afluentes, dirigindo-se, também, às bacias dos rios Paraná e Uruguai, até ao Atlântico.
Nas épocas anteriores das Missões, existiam grupos indígenas com diferentes níveis de desenvolvimento: nômades, seminômades, caçadores, pescadores, semi-sedentários e agricultores. Desses todos, o Guarani apresentava maior desenvolvimento e maior população.
A ocupação do território hoje pertencente às Missões do Rio Grande do Sul se deu há mais de 2.000 anos, ocupando espaços tomados de outras nações indígenas como, por exemplo Kaingans, Charruas, Minuanos, Guenoas e outras.
José Roberto de Oliveira
Carl Zimmer (p. 470) demonstra um levantamento genético em 53 seres humanos diferentes e que o Povo Guarani é irmão genético dos dois tipos de japoneses e dos Inuítes Siberianos e muito próximos dos Chineses e Indianos Asiáticos. Estas informações são muito relevantes para repensarmos, agora do ponto de vista genético, sobre o passado deste povo que chegou à América e que está bem vivo nas Aldeias e no povo básico que formou o mundo gaúcho.
De origem mongol, pela obviedade dos traços e de sua biotipologia. Foi muito estudado pelos antropólogos de vários locais do mundo. Lugon (p.24) citando Dr. Rengger, diz que “os traços fisionômicos são os da raça mongol... As mulheres têm os cabelos longos e lisos. Nos dois sexos, os cabelos só se tornam grisalhos numa idade muito avançada”.
As duas teorias mais aceitas do aparecimento dos Guarani na América são a da passagem pelo Estreito de Bering e a vinda pela Polinésia até a chegada no nosso território, todavia não há datações sobre os guaranis na América do Norte e nem na América Central. O certo é que há cerca de 8.000 anos estavam junto ao rio Madeira, em plena floresta amazônica, e depois foram se deslocando ao leste e ao sul, ocupando boa parte do território do Brasil, Paraguai e norte da Argentina. Em relação a este tema, Palacios e Zoffoli (p.71) comentam que “O índio guarani parece ter ascendência do tronco asiático, mongólico, com possíveis componentes polinésios”.
Das descobertas particulares e que mais impressionam são as relacionadas com os guaranis e os japoneses. O bambu é um ou o elemento mais importante em ambas às culturas. Usado como material construtivo e de artesanato, tem o nome muito parecido em ambos os povos: no japonês, chama-se take e no guarani, taqua. As palavras taquara, taquapi, taquaruçu e tantas outras se referem ao tipo de bambu grosso, fino, felpudo. Entre tantas questões que levam a crer que entre 15.000 e 20.000 anos os guaranis e os japoneses estiveram juntos, muito próximos, ou mesmo formando um só grupo, é a questão das letras que formam suas línguas: em ambos os casos não há a letra “L”, corriqueira nas outras nações. Poderia se escrever mais sobre a cor, as medidas, os cabelos, os olhos, a forma muito diferente de se postar. Não custa nada lembrar que a religiosidade, fundamental na formação do atual modo de ser dos japoneses, ocorreu somente há cerca de 5.000 anos. Veja que estes dados culturais casam com os da genética.
Também me impressionam muito certas informações, as quais devem ser buscadas em maior número. Um desses exemplos é que, ao passar pelas Ilhas da Polinésia, trazem nomes como a mandió (mandioca), chamada de manió pelos nativos de lá, muito parecidos com os guaranis daqui.
Continuo convencido de que o aparecimento do guarani na América é que saindo da Mongólia, o povo passou pelas ilhas do Japão, depois pelo conjunto das ilhas da Polinésia, mais tarde navegou pelas correntes quentes do Pacífico, e chegou até a América, na altura do Peru, subiu os Andes e desceu pelas nascentes do rio Madeira, margens essas onde se encontram datações arqueológicas de sua presença há 8.000 anos.
Na época pré-colombiana e pré-cabralina, os protoMby’á e os protoCarios foram dois grupos humanos que se derivaram das grandes migrações iniciadas nos rios amazônicos e que, ao unirem-se, formaram o complexo étnico denominado “tupi-guarani”. O rio Araguaia foi possivelmente o mais utilizado para a saída da região amazônica. O ramo guarani chegou até o começo do rio Paraguai e afluentes, dirigindo-se, também, às bacias dos rios Paraná e Uruguai, até ao Atlântico.
Nas épocas anteriores das Missões, existiam grupos indígenas com diferentes níveis de desenvolvimento: nômades, seminômades, caçadores, pescadores, semi-sedentários e agricultores. Desses todos, o Guarani apresentava maior desenvolvimento e maior população.
A ocupação do território hoje pertencente às Missões do Rio Grande do Sul se deu há mais de 2.000 anos, ocupando espaços tomados de outras nações indígenas como, por exemplo Kaingans, Charruas, Minuanos, Guenoas e outras.
José Roberto de Oliveira