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Pousada das Missões

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Texto de lançamento da série Missões Jesuítico-Guarani


Este conjunto de textos que estamos lançando é para o Blog da Pousada das Missões,
pretende contextualizar as diversas forças que levaram a montagem do projeto das Missões Jesuítico-Guarani, analisando o crescimento, o apogeu e o desaparecimento. Também quer mostrar que o Guarani não desapareceu, apesar do extermínio de parte da gente daquele período, sua genética e cultura continuam vivas no meio regional e estadual, e nos países do MERCOSUL (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai).
Naquele período, o Renascimento e o Iluminismo, bem como a própria Contrarreforma, estabeleciam um novo momento na humanidade. Relacioná-los com o projeto e o reflexo dentro da construção dos 30 povos, é um dos objetivos desta ação.
Os textos pretendem cumprir um papel interligador entre a História e o Turismo, visto que, apesar do número expressivo de produções bibliográficas, há necessidades de textos para a internet que mostrem a composição do contexto missioneiro e suas relações com a vida cotidiana dos vários períodos históricos que aqui se passaram e o reflexo no presente.
Tem como objetivo principal analisar e apresentar fatos que mostrem o porquê de São Miguel
das Missões ser incluído como “Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade”, mostrando
que as Missões representaram “uma experiência econômica e sociocultural sem precedentes
na história dos povos” (UNESCO).
O texto tenta buscar apoiadores dentro do Brasil e da Argentina. O tema foi priorizado por
tantos pensadores como Voltaire, um dos expoentes do Iluminismo, que afirmou o projeto ser
“Um triunfo da Humanidade”. História tão apaixonante, com tantos amigos como Clóvis Lugon
e tantos inimigos como o Marquês de Pombal, leva a pensar nas culpas como a dos Paulistas
Bandeirantes que, naquele período, sacrificaram centenas de milhares e levaram outros tantos
para serem escravos nas suas lavouras de São Paulo ou para serem vendidos no comércio
escravista do Rio de Janeiro.
Que a mais bela página da história do cristianismo dentro da América possa, definitivamente,
ocupar um espaço importante na cultura e na política brasileira e do MERCOSUL. Não basta ter
um Patrimônio Mundial; é preciso que as pessoas do mundo contemporâneo conheçam mais
profundamente a história que encantou toda há Europa nos séculos XVII e XVIII.
O povo nativo missioneiro não desapareceu. Está vivo nas aldeias, mas também geneticamente no povo atual. Pretende mostrar esse lado histórico de forma clara para que a gente de nosso tempo compreenda melhor o jeito de ser de nossos contemporâneos e com isto busque soluções para a caminhada futura.
Que os textos, de alguma forma, possam abrir o coração dos herdeiros dos mandantes das atrocidades contra os povos nativos daquele período histórico e que possam ajudar a reconstruir uma vida completa para os herdeiros que estão vivos. A Humanidade espera o pedido de perdão dos que enterraram as esperanças de sobrevivência da realização da utopia do cristianismo nas Missões.



José Roberto de Oliveira


Fonte: José Roberto de Oliveira


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